NOSSA ATUAÇÃO
Doenças Inflamatórias Intestinais (Crohn, Colite Ulcerativa)
As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são um grupo de condições crônicas que causam inflamação no trato gastrointestinal. As duas principais são a Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa.
Doença de Crohn pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal, desde a boca até o ânus, mas com maior frequência acomete o intestino delgado e o cólon. A inflamação é profunda e pode causar úlceras, fístulas e abscessos. Já a Colite Ulcerativa se limita ao intestino grosso, causando inflamação e ulcerações na mucosa intestinal. A inflamação é contínua e superficial.
As causas dessas doenças ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que sejam resultado de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos. A predisposição genética, a microbiota intestinal, hábitos alimentares, tabagismo e infecções são alguns dos fatores que podem influenciar.
Os sintomas das podem variar de pessoa para pessoa e podem ser leves ou graves. Os mais comuns incluem diarreia frequente (às vezes com sangue), dor abdominal, febre, perda de peso, fadiga e sangramento retal.
O tratamento visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e promover a cicatrização das lesões. As opções terapêuticas incluem medicamentos como corticosteroides, aminosalicilatos, imunossupressores e biológicos, além de ajustes na dieta e, em alguns casos, cirurgia.
Nos últimos anos, o tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) tem evoluído de maneira significativa, trazendo novas esperanças e melhor qualidade de vida para os pacientes. Entre os principais avanços, destacam-se:
– Novos medicamentos biológicos: Estes medicamentos têm como objetivo modular a resposta do sistema imunológico, proporcionando uma redução mais precisa e eficaz da inflamação.
– Terapias combinadas: A utilização de uma combinação de diferentes medicamentos, como biológicos e imunossupressores, tem mostrado maior eficácia em certos casos, potencializando os resultados terapêuticos.
– Nutrição especializada: Em situações mais graves, a nutrição enteral, que envolve a administração de nutrientes por meio de sonda, é utilizada para permitir que o intestino descanse e se recupere.
– Transplante de células-tronco: Embora ainda em fase experimental, o transplante de células-tronco tem se mostrado uma opção promissora para o tratamento de formas refratárias de DII, que não respondem aos tratamentos convencionais.
– Modulação da microbiota intestinal: Pesquisas em andamento buscam identificar probióticos e prebióticos que possam restaurar o equilíbrio da microbiota intestinal, ajudando a reduzir a inflamação e melhorando os sintomas da doença.
Neste sentido, A nutrição desempenha um papel crucial no manejo das DII. Embora não exista uma dieta única para todos, algumas diretrizes gerais podem ajudar:
– Priorizar alimentos leves e fáceis de digerir: Durante as crises, alimentos como arroz branco, batata cozida, frango grelhado e frutas cozidas podem ser mais tolerados.
– Introduzir fibras gradualmente: A fibra é importante para a saúde intestinal, mas durante as crises, o excesso pode piorar os sintomas. É fundamental introduzi-la gradualmente e observar a tolerância individual.
– Hidratação: Beber bastante água é essencial para prevenir a desidratação causada pela diarreia.
– Evitar alimentos irritantes: Cada pessoa pode ter sensibilidades diferentes, mas alimentos como alimentos gordurosos, frituras, bebidas alcoólicas, cafeína, alimentos picantes e alguns vegetais crucíferos podem piorar os sintomas em alguns casos.
As DII podem levar a complicações graves, como câncer colorretal (especialmente na Colite Ulcerativa), fístulas, abscessos, obstrução intestinal e desnutrição.
O diagnóstico é feito com base nos sintomas, exame físico e exames complementares, como análises de sangue, colonoscopia, endoscopia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Estas condições exigem acompanhamento médico regular e adesão ao tratamento. Um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e controle do estresse, pode ajudar a controlar os sintomas e prevenir as crises.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para controlar os sintomas, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.
Lembre-se: este texto tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.
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